Como melhorar o Social do ESG na sua empresa?

A pauta da sustentabilidade nas empresas veio para ficar, não há dúvida sobre isso. E quando se fala em empresas, o Social do ESG também deve estar no radar do empreendedor que deseja ver seu negócio crescer e prosperar.

Afinal, a sigla ESG engloba fatores ambientais, sociais e de governança. Sabemos que a sustentabilidade conta com práticas mais comuns nas empresas. Reciclagem de lixo, reutilização de recursos e uso de energia renovável são apenas algumas das práticas mais comuns, que norteiam indicadores de sustentabilidade.

A parte Social do ESG é um aspecto que incide principalmente nas condições de trabalho e no respeito pelos direitos humanos. E quando melhor atenção se dá a ele, melhores performances é possível obter do ponto de vista laboral da empresa, e também da visão externa dos órgãos reguladores.

Para saber mais sobre este tema, e como melhorar o Social do ESG na sua empresa, confira o artigo que compartilhamos abaixo!

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Resgatando a parte social do ESG

O componente social do ESG se manifesta por meio de seis diferentes variáveis. Todos eles destacam o tratamento que deve ser dado aos trabalhadores, uma vez que as empresas não podem progredir se não cuidarem adequadamente de seus funcionários.

1. A importância da saúde

A saúde é a base sobre a qual se apoia a sociedade e sua degradação – tanto física quanto mental – tem impacto sistêmico, pois o sucesso do sistema atual está baseado na interdependência. 

Como visto com a pandemia de coronavírus, a degradação em larga escala da saúde individual afeta o desempenho das empresas e da economia em geral. Ao valorizar a saúde, os trabalhadores são capacitados a ter o melhor desempenho e viver suas vidas ao máximo.

Este desejo é de grande importância também para os investidores. O fator “saúde” não é mencionado com muita frequência quando se fala em investimentos, apesar de seu impacto ser significativo. 

É por isso que as empresas ignoram esse fator, priorizando outros fatores de alto impacto. Assim, há riscos financeiros ao não criar locais de trabalho que melhorem o bem-estar. 

Para alcançar uma transição para uma sociedade próspera que coloque o bem-estar no centro, foram criadas iniciativas como o Long-term Investors in People’s Health (LIPH). 

Este projeto visa elevar a saúde a um risco sistêmico para investimentos. O principal objetivo é estabelecer boas práticas e oferecer oportunidades com a ajuda de especialistas que produzem métricas e otimizam a gestão de dados com novos KPIs.

Dessa forma, os investimentos serão direcionados para empresas que projetam os melhores ambientes de trabalho. Isso inclui, entre outros aspectos, ter espaços ergonômicos, horários flexíveis e atendimento psicológico.

2. Desigualdade de renda

A pandemia deu um duro golpe na economia, e os grupos sociais mais vulneráveis ​​foram os mais atingidos por essa situação. Para tentar resolver este problema, é fundamental que as empresas ajustem os seus salários e que estes sejam justos.

O objetivo tem que ser acabar com os funcionários pobres. Uma boa alternativa é estabelecer um salário mínimo na empresa, que não varia de acordo com as atividades desempenhadas. 

Desta forma, os trabalhadores terão uma rede de segurança. No entanto, a remuneração também deve ser justa e relacionada à produtividade.

3. Diversidade, equidade e inclusão

A diversidade é outro fator a ser observado. Multinacionais relevantes no setor de investimentos, como a BlackRock, são claras sobre isso. 

Na verdade, esta empresa americana fez saber que pedirá às empresas certas informações antes de investir nelas. Especificamente, eles terão que informar sobre a composição racial, étnica e de gênero de sua força de trabalho.

4. Habilidades dos funcionários

Ter uma força de trabalho com as competências certas é crucial para a sobrevivência das empresas. Por isso, as empresas devem se esforçar para encontrar os perfis mais talentosos e treiná-los. 

Mas para cumprir este propósito, a inclusão deve ser mantida. O talento é encontrado em cada indivíduo, independentemente de sua origem.

5. Melhorar as comunidades

A parte social do ESG também inclui as comunidades. As empresas estão neles instaladas e contratam quem as compõe. 

Portanto, é importante que parte de suas ações contribuam para melhorar seu bem-estar. Isso permite que eles retribuam o apoio demonstrado pela população na compra de seus produtos e serviços.

6. Inovação social

De acordo com a definição da OCDE, a inovação social é feita através do desenho e implementação de novas soluções que impliquem uma “mudança conceptual, de processo, de produto ou organizacional, cujo objetivo final é melhorar o bem-estar das pessoas e comunidades”. 

E é que por meio de diferentes iniciativas empreendedoras, inovadores sociais melhoraram a vida de 722 milhões de pessoas nos últimos 25 anos, segundo estimativa da Fundação Schwabpara o empreendedorismo social. 

Muitas iniciativas empreendidas pela economia social e pela sociedade civil provaram ser inovadoras na resolução de problemas socioeconômicos e ambientais, ao mesmo tempo que contribuem para o desenvolvimento econômico. 

Obter as condições certas para inovar depende das políticas em vigor estabelecidas pela OCDE: “Para aproveitar ao máximo o potencial da inovação social, é necessário um quadro político que apoie os agentes públicos, sem fins lucrativos e privados a co-construir e aplicar soluções socialmente inovadoras e, assim, contribuir para enfrentar problemas socioeconômicos, construir maior resiliência territorial e responder melhor a futuras perturbações.”

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Melhore sua responsabilidade social

Para melhorar o Social do ESG na sua empresa, é fundamental colocar mais foco na chamada responsabilidade social. 

Para que isso não aconteça, as ações do Social no ESG devem ser relevantes, honestas e com resultados mensuráveis​​.

Um exemplo positivo é uma doação para apoiar causas sustentáveis ​​dentro de uma comunidade e que isso é potencializado graças a um projeto baseado na resiliência. Desta forma, a empresa oferece uma ajuda verdadeiramente transformadora para quem precisa.

Por fim, esperamos que tenham compreendido a importância de também melhorar o Social do ESG, como forma de ter mais respaldo de investidores, e atuar de forma pró-ativa em suas comunidades. 

E se deseja aprofundar ainda mais seu conhecimento sobre o tema, confira também nosso artigo “Quais são os critérios-chave ESG para empresas?”