O que é gestão de riscos de terceiros e como implementar?

A gestão de risco de terceiros é um tema que não pode mais ser deixado de lado em nenhuma empresa que conta com funcionários de empresas terceirizadas prestando serviços no local.

A realidade é que ainda há pouca consciência por parte dos tomadores sobre as responsabilidades sobre as documentações e a segurança dos funcionários de terceiros. Afinal, sim, o tomador pode ser responsabilizado se algo estiver irregular, ou mesmo, um acidente ocorrer dentro das dependências da empresa onde o funcionário estiver atuando. Ainda que o vínculo de trabalho seja indireto, através de uma empresa prestadora de serviço.

Para se resguardar desses riscos e evitar passivos trabalhistas, é importante que gestores fiquem atentos à gestão dos terceiros. Neste artigo, vamos explicar por onde começar.

Em que consiste a gestão de risco de terceiros?

O processo contínuo de identificar, analisar e controlar quais riscos um prestador de serviços terceirizado pode oferecer às finanças, operações e dados de uma empresa é chamado de gestão de risco de terceiros.

Ao manter esse processo de avaliação, é possível fazer o controle desses riscos, solucionando os pontos fracos antes que se torne um problema maior e conscientizando as empresas terceiras sobre a sua responsabilidade.

Por “terceiro”, podemos entender toda empresa contratada que fornece seus trabalhadores para realizar serviços na empresa contratante. Empreiteiros, garis, desenvolvedores de software, consultores financeiros e até advogados podem ser considerados terceiros, quando o vínculo trabalhista é com outra empresa contratada.

Por onde começar a fazer gestão de risco de terceiros?

Existem quatro pilares que sustentam a gestão de risco de terceiros de maneira segura, a fim de mitigar os problemas para o tomador.

Medição de risco

Ao identificar as necessidades comerciais, decidindo contratar uma empresa terceirizada para executar determinada tarefa, é preciso delinear qual é o risco de trabalhar com determinado fornecedor com objetivo de alcançar uma meta.

Avaliação do risco

É importante definir controles e requisitos de segurança, leis e normas regulatórias que o prestador de serviços precisa cumprir. Esses requisitos podem ser próprios da organização, a fim de seguir a compliance, mas também é importante ficar atento às leis.

Contratação

Uma vez que é decidida pela contratação, a empresa terceirizada precisa fazer a entrega dos documentos e comprovar que está regular em relação a todas as solicitações definidas pelo tomador.

Monitoramento contínuo

Uma vez que o fornecedor foi contratado e cumpriu com as obrigações, é preciso criar uma rotina de monitoramento das entregas de documentos, sempre respeitando os prazos acordados. Aqui, o uso de uma ferramenta que emita lembretes pode tornar mais prático.

Leia também: 5 razões para usar uma plataforma de gestão de riscos na sua empresa

Quais os benefícios de implementar a gestão de risco de terceiros?

Gerenciar os riscos associados a fornecedores traz enormes benefícios para uma organização que conta com esses serviços. Envolve coletar informações, avaliar as posturas de segurança e controlar os acessos deles.

Quando esse controle não é realizado, sua empresa corre o risco de ir parar nos noticiários devido a irregularidades. Por isso, a segurança jurídica é o primeiro dos benefícios. Mas, existem outros.

Um deles é padronizar a classificação de segurança dos fornecedores, que passam a obedecer às mesmas exigências da empresa.

Outra é a criação de um processo eficiente de entrada de fornecedores e monitoramento deles enquanto tiverem vínculo com a contratante. Assim, garante-se que os fornecedores estão cumprindo com as solicitações de documentos e esses dados ficam acessíveis para tomadas de decisões ao se relacionar com essas empresas terceirizadas.

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